domingo, 16 de novembro de 2008

Alta do Hospital Psiquiátrico



Alta- É um processo que inicia com a melhora sintomatológica do paciente e coincide com o seu desejo e sua capacidade de obter maior autonomia. Em geral, a observação da equipe às mudanças dos sintomas, do juízo crítico, da atitude e da capacidade de autogerência é que irá determinar as condições de alta do paciente. Assim, inicia-se um processo no qual o paciente readquire progressivamente mais autonomia, tendo inclusive saídas de dentro do hospital acompanhado da família, nos quais irá se deparar com as situações de vida (casa, família, relacionamentos afetivos, etc.) que “deixou fora do hospital” e que de alguma forma vinham lhe provocando sofrimento.

É comum que este processo tenha “idas e vindas”, já que muitas vezes os pacientes não toleram o retorno para sua realidade e podem voltar a apresentar sintomatologia.
A intenção de alta, nesses casos, é retardada, até que nova tentativa possa ser feita. Nos casos em que o paciente e a família observam que houve melhora ou no mínimo manutenção da sintomatologia prévia ao passeio, o processo de alta evolui naturalmente.

Considera-se que condições mínimas de alta sejam ausência de sintomas francamente psicóticos (embora em alguns psicóticos crônicos possa haver sempre alguns sintomas residuais); ausência de risco de suicídio (exceção aos pacientes com risco crônico como descrito anteriormente); e condições de autogerência (exceção para pacientes já dependentes, como os demenciados).

Encaminhamento- O paciente deve também ser tratado no processo de alta, o que é muito importante na prevenção de novas situações de internação. Se o paciente ainda não tinha um médico assistente antes da baixa, o ideal é que conheça seu futuro terapeuta dentro da unidade psiquiátrica e que possa já ir formando um vínculo, “preparando” seu tratamento ambulatorial.

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