A síndrome da fadiga crônica é uma desordem complexa e desabilitante caracterizada pela fadiga profunda que não melhora com descanso deitado e que pode ser piorada por atividade física ou mental. Pessoas com síndrome da fadiga crônica geralmente funcionam em um nível de atividade substancialmente menor do que eram capazes antes do aparecimento da doença. Adicionalmente, pacientes reportam vários sintomas não-específicos que incluem fraqueza, dor muscular, memória prejudicada, piora na concentração, insônia e fadiga após exercícios exaustivos que dura mais de 24 horas. Em alguns casos a síndrome da fadiga crônica pode persistir por anos.
As causa mais comuns costumam ser:
-Doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias, etc.);
- Doenças auto-imunes (lúpus, polimiosite, etc.);
- Doenças pulmonares (enfisema, quadros infecciosos, etc.);
- Doenças endócrinas (hipotireoidismo, diabetes, etc.);
- Doenças musculares e neurológicas;
- Apnéia do sono e narcolepsia;
- Abuso de álcool e outras drogas;
- Obesidade;
- Depressão e outros distúrbios psiquiátricos;
- Infecções;
- Tumores malignos.
Considera-se portadora da síndrome toda pessoa com fadiga persistente, inexplicável por outras causas, que apresentar no mínimo quatro dos sintomas citados abaixo, por um período de pelo menos seis meses:
• Dor de garganta;
• Gânglios inflamados e dolorosos;
• Dores musculares;
• Dor em múltiplas articulações, sem sinais inflamatórios (vermelhidão e inchaço);
• Cefaléia com características diferentes das anteriores;
• Comprometimento substancial da memória recente ou da concentração;
• Sono que não repousa;
• Fraqueza intensa que persiste por mais de 24 horas depois da atividade física.
Os sintomas são passíveis de tratamentos paliativos, entretanto antiinflamatórios são recomendados para as dores musculares ou articulares; drogas antidepressivas podem melhorar a qualidade do sono.
Mudanças de estilo de vida podem ser úteis. Os especialistas recomendam uma dieta equilibrada, uso moderado de álcool, exercícios regulares de acordo com a disposição física e a manutenção do equilíbrio emocional para controlar o estresse.
Reabilitação fisioterápica e condicionamento físico são fundamentais para a manutenção da atividade física e profissional. Tratamento psicoterápico também é indicado.
Condições médicas semelhantes à síndrome da fadiga crônica
Muitas doenças têm espectro de sintomas similares à síndrome da fadiga crônica. Essas doenças incluem, entre outras, fibromialgia, encefalomielite miálgica, neurastenia, sensibilidade química múltipla, narcolepsia, hipotiroidismo, apnéia do sono, depressão, esquizofrenia e mononucleose crônica. Embora essas doenças possam apresentar outro sintoma principal, a fadiga crônica é comumente associada a todas elas.
Como em todas as doenças mal conhecidas, proliferam os assim chamados tratamentos naturalistas, alguns dos quais apregoam resultados milagrosos para a fadiga crônica. Infelizmente, não há qualquer evidência científica de que eles modifiquem a evolução da doença.
2 comentários:
Parabéns pelo blog, show de bola.
abraço
Jeferson
Blog do Vascão
Muito bom...
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