sexta-feira, 3 de abril de 2009

Fatores psicológicos podem determinar o divórcio.



Inúmeras e praticamente incontáveis podem ser as razões objetivas e práticas de separações. As pessoas que se separam podem atribuir a perda do amor, a presença de um relacionamento extraconjugal, o esfriamento sexual, as brigas constantes, a interferência dos sogros, a falta de dedicação ao casamento, e tantos outros que propiciam um desajuste conjugal.

Alguns fatores psicológicos podem determinam as separações conjugais como:

Amadurecimento do casal: uma segunda causa psicológica para o divórcio seria o amadurecimento desigual do casal. As mudanças naturais que ocorrem em cada pessoa ao longo da vida podem gerar nos parceiros de casamento diferenças que se tornam difíceis de conciliar.
Decadência dos aspectos saudáveis do casamento: a diminuição do efeito saudável, ou terapêutico, do casamento é algo que muitas vezes determina seu fim. Não é raro que uma pessoa encontre no parceiro alguém que vai poder aliviar sua ansiedade ou angústia diante de alguns de seus problemas pessoais.

É importante lembrar que isso, em si, não é algo anormal ou um problema em si. É algo natural das uniões. Porém pode extremar-se ou tornar-se um problema. Mas quando este lado de alívio da ansiedade dentro do casamento é rompido, a união pode acabar.

Escolha do cônjuge: não é raro que uma escolha insatisfatória tenha uma repercussão através do divórcio somente após anos de casamento. O nascimento de filhos, o surgimento de rotinas, a estabilização da vida sexual, a maior independência dos filhos crescidos, entre outros aspectos comuns do casamento, porém geradores de ansiedade, podem levar a uma reflexão sobre a escolha do cônjuge apenas após anos de vida a dois.
Mudança psicológica de um dos cônjuges: muitas vezes o que pode aproximar duas pessoas são seus lados problemáticos, ou conflituosos. Assim, o divórcio pode estar ligado à melhora psicológica de um dos cônjuges, sem ser acompanhado pelo outro.
Surgimento de um problema psicológico em um dos cônjuges: uma mulher pode ver-se diante de uma forte necessidade de separar-se de um marido que, com o passar dos anos, foi se tornando deprimido e alcoolista. Da mesma forma, um homem pode não mais conseguir manter-se com uma mulher que, diante das inseguranças e sentimentos depressivos do período de climatério (menopausa), começa a ter casos extraconjugais, como forma de reafirmar sua sexualidade e feminilidade, muitas vezes abaladas nesse período.
Ilusões sobre o divórcio: às vezes pode também ocorrer da pessoa iludir-se a respeito da vida do divorciado (que seria mais prazerosa) e acabar optando pela separação. Portanto, não é tão raro ou estranho que separações retrocedam.


Sendo o divórcio uma crise importante na vida das pessoas que o enfrentam, muitos procuram algum tipo de tratamento psicológico em decorrência do mesmo, seja antes, durante, ou após a separação.
A maioria das pessoas, contudo, não o fazem, seja por não sentirem necessidade, seja por falta de condições (ou não possuírem algum tratamento acessível) ou por falta de conhecimento a respeito de auxílios psicológicos.

3 comentários:

EDUARDO POISL disse...

O vento soprou
Tão doce e sereno
Tocou-me ao de leve
Girou sentimentos
Dormentes, silentes
Que em vôo rasante
Tocaram o chão.
O fundo da alma
fez-se de cor de ouro
Castanho ou laranja
Deu frutos já secos
De um doce amargo
Surgiu o Outono
No meu coração.
(Lique, 2004)

Uma boa semana, plena de amor e carinho
Eduardo Poisl

meus instantes e momentos disse...

passando para te desejar uma feliz Páscoa.
Maurizio

Um mero olhar crítico... disse...

Fantástico! Gostaria de ter sido alertado sobre isso antes do meu casamento mal sucedido! rs Sinceramente, acho que a introdução a psicologia deveria ser matéria obrigatória nas escolas. Pois se tivéssemos, desde cedo, conhecimento sobre o comportamento das pessoas que nos cercam e sobre nossos sentimentos, poderíamos evitar muito sofrimento, gerando mais qualidade de vida e contribuindo para um mundo bem melhor! NOTA 10!