sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

AUTISMO



É uma alteração cerebral que afeta a capacidade da pessoa se comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente.

Algumas crianças apesar de autistas apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento.

Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças com autismo.

O bebê desde o nascimento pode mostrar-se indiferente a estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção prolongadamente por determinados itens.
Por outro lado certas crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para repentinamente transformar o comportamento em isolado. Contudo, podem se passar anos antes que a família perceba que há algo errado.
Nessas ocasiões os parentes e amigos muitas vezes reforçam a idéia de que não há nada errado, dizendo que cada criança tem seu próprio jeito.

Infelizmente isso atrasa o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.

Não há testes laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar o autismo.
Assim o diagnóstico deve feito clinicamente, pela entrevista e histórico do paciente, sempre sendo diferenciado de surdez, problemas neurológicos e retardo mental.

Uma vez feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada para um profissional especializado em autismo, este se encarregará de confirmar ou negar o diagnóstico.
Apesar do diagnóstico do autismo não poder ser confirmado por exames as doenças que se assemelham ao autismo podem.

Assim vários testes e exames podem ser realizados com a finalidade de descartar os outros diagnósticos. Dentre vários critérios de diagnóstico três não podem faltar: poucas ou limitadas manifestações sociais, habilidades de comunicação não desenvolvidas, comportamentos, interesses e atividades repetitivos.

Esses sintomas devem aparecer antes dos três anos de idade.

Não há medicações que tratem o autismo, mas muitas vezes elas são usadas para combater efeitos específicos como agressividade ou os comportamentos repetitivos por exemplo. Até bem pouco tempo usava-se o neuroléptico para combater a impulsividade e agitação, mais recentemente antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina vêem apresentando bons resultados, proporcionando maior tranquilidade aos pacientes.

As medicações testadas e com bons resultados foram a fluoxetina, a fluvoxamina, a sertralina e a clomipramina.
Dentre os neurolépticos a clorpromazina, o haloperidol e a tioridazina também podem ser usadas dentre outras.Para o autismo não há propriamente um tratamento, o que há é um treinamento para o desenvolvimento de uma vida tão independente quanto possível.

Basicamente a técnica mais usada é a comportamental, além dela, programas de orientação aos pais.

Quanto aos procedimentos são igualmente indispensáveis, pois os pais são os primeiros professores.

Uma das principais tarefas dos pais é a escolha de um local para o treinamento do filho com autismo.

Características comuns:
Não estabelece contado com os olhos.
Parece surdo.
Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente isso é completamente interrompido sem retorno.
Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros.
Ataca e fere outras pessoas mesmo que não exista motivos para isso.
É inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas.
Ao invés de explorar o ambiente e as novidades restringe-se e fixa-se em poucas coisas.
Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou balançar-se.
Cheira ou lambe os brinquedos.
Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente.

7 comentários:

luis lourenço disse...

Viva Rosa Carvalho!

o problema das crianças autistas é bem real...e bem mais abrangente do que se poderia imaginar...a informação que nos deixa de qulidade científica inegável é de extrema utilidade humana e social...um campo que exige a intervenção sensível de especialistas qualificados numa abordagem transdisciplinar...pra ser consequente como é necessário e desejável...o seu trabalho merece todas as recompensas...desejo-lhe o melhor pra si e pra sua carreira profissional...sem esquecer o seu lado poético e musical.

bjinhos

véu de maya.

luis lourenço disse...

errata:

de qualidade científica...

SCHEIILA OAK disse...

Olha Rosa, você sabe que sou espiritualista, então além de acompanhemento médico,pelo menos para mim, acho que o lado espiritual é importantíssimo nesse caso e em tantos outros que mexem com a mente do ser humano.Se os familiares souberem lidar com esses dois lados, tenho certeza que vão lucrar muito.Principalmente a aceitação de ter um familiar autista na família.Para mim, nada acontece por acaso.Carinho, amor, paciência e ORAÇÕES são NECESSÁRIOS.A sensibilidade desses pacientes é imediata quando conscientização dos familiares e profissionais investem nestes dois lados da questão.
Muito bom você abordar diversos temas interessantes como este.
Beijão............Scheilla Oak

Unknown disse...

Oi Rosa, esse tema é muito interessante e pouco estudado, por que vc não coloca o AUTISMO num dos módulos do curso? Seria muito legal estudar esse tema.
Outra coisa, por que não pensa em pegar a parte de Farmacologia? Caramba, seria excelente estudar psicopatologia e farmacologia juntos!!
Bjs, Ana Christina.

autismo disse...

Sou mãe de um autista de 7 anos e estou em busca de uma escola para ele e também tratamento aqui em campos, será que alguém tem alguma sugestão para mim, pois preciso muito.

autismo disse...

Meu email é biokarina@pop.com.br

Alinea disse...

Olá! Sou estudante de Mestrado em educação Especial, em Portugal. Estou a fazer a minha dissertação em modelos de intervenção aplicado pela terapia cognitiva comportamental em crianças autistas. Gostava de saber se funciona realmente a TCC em autista? Pode indicar-me alguns livros de TCC? Aguardo Resposta...